Melhor aptidão física na infância reduz risco de sobrepeso na adolescência

10/06/2014 08:00

Um estudo fruto da parceria de vários laboratórios europeus foi publicado recentemente na revista oficial do Colégio Americano de Medicina Esportiva. No trabalho realizado, 600 crianças, meninos e meninas de oito a 10 anos, com peso normal foram acompanhadas durante um período de seis anos para identificar fatores que durante a infância determinam o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade na adolescência.

 

Foram analisados fatores como aptidão físicafatores demográficos e educacionais, além daherança de sobrepeso paterno. Todas as crianças passaram por testes de avaliação de aptidão física no início e no final do estudo e tiveram monitorados seus índices de massa corporal (IMC) para diagnóstico de sobrepeso e obesidade.

Nas conclusões obtidas no estudo, foi constatado que os meninos apresentavam maior incidência de sobrepeso e obesidade que as meninas. Também foi observado que não havia influencia do nível educacional dos pais no ganho de peso dos filhos. E, como seria de se esperar, o maior IMC dos pais também representava um fator de maior prevalência de obesidade nos filhos, caracterizando a influencia da herança genética.

Entretanto, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foram os resultados obtidos a respeito da influencia da melhora da aptidão física na prevenção da obesidade. Muito mais do que a influencia do sexo, nível educacional ou herança genética, a melhora da aptidão física foi o fator que mais interferia na prevenção da obesidade. As crianças que mostraram melhora da aptidão física durante o intervalo do estudo, fruto de um estilo de vida mais ativo, foram literalmente “blindadas” do ganho excessivo de peso.

Segundo os pesquisadores este seria um benefício a ser incorporado para a vida adulta, o que enfatiza a enorme importância do estímulo à prática de exercícios para crianças já durante a infância, representando um verdadeiro legado a ser usufruído pelo resto da vida.